Antes havia pouco, mas havia. Havia campo, havia gente, havia vida. Não era perfeito, mas era nosso. Trabalhava-se duro, com as mãos, com o corpo, com a alma. As casas tinham telhas gastas e paredes a precisar de cal, mas dentro delas vivia-se com dignidade.
Depois veio a política. A maldita política. Vieram com gravatas, discursos bonitos e promessas fáceis. Prometeram desenvolvimento, modernização, progresso. Fizeram reuniões, cortaram fitas, tiraram fotografias. E depois começaram a tirar o que realmente importava.
Fecharam escolas porque “não compensa”. Fecharam centros de saúde porque “não é viável”. Levaram os autocarros, os correios, o banco. Levaram tudo o que fazia uma terra ser uma comunidade.
As fábricas fecharam. Os campos deixaram-se ao abandono. Os jovens foram embora porque aqui já não havia nada. Nem trabalho, nem esperança. E os velhos? Ficaram a ver tudo a desaparecer, dia após dia, como quem assiste a um enterro lento da própria terra.
A política levou tudo.
Levou o pão e o respeito.
Levou o futuro.
Levou a vontade.
E depois dizem-nos para sermos pacientes. Para votarmos com consciência. Para termos esperança. Esperança em quê? Nos mesmos que prometeram e não voltaram? Nos mesmos que só aparecem de quatro em quatro anos para pedir o voto e depois desaparecem como ladrões na noite?
Não, chega.
Porque isto não foi azar.
Foi roubo planeado. Foi abandono mascarado de estratégia.
Foi desprezo puro.
E a verdade é esta: foi tudo a política que levou. E se nada mudar, ainda há-de levar o resto.
Nota de autoria:
Os textos aqui partilhados são da autoria de Marciel, com apoio da inteligência artificial ChatGPT para auxiliar na redação, estruturação e revisão de conteúdo. Embora a IA contribua com sugestões e melhorias, todas as ideias, decisões finais e mensagens transmitidas são inteiramente humanas.
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