terça-feira, 13 de maio de 2025

No silêncio da mão

"No Silêncio da Mão"

No silêncio da mão que escreve sozinha,

há um mundo inteiro que ninguém adivinha.

Cada gesto lento, cada curva traçada,

é uma estrada viva, é uma alma acordada.

Já não preciso de pares nem pressa,

o que me falta em força, sobra-me em promessa.

Na ponta dos dedos levo o meu mar,

e mesmo sem vento, sei navegar.

A caneta dança com um só compasso,

mas o que escrevo tem o dobro do espaço.

Porque quando há alma, não falta medida —

a mão esquerda segura a vida. 

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