"No Silêncio da Mão"
No silêncio da mão que escreve sozinha,
há um mundo inteiro que ninguém adivinha.
Cada gesto lento, cada curva traçada,
é uma estrada viva, é uma alma acordada.
Já não preciso de pares nem pressa,
o que me falta em força, sobra-me em promessa.
Na ponta dos dedos levo o meu mar,
e mesmo sem vento, sei navegar.
A caneta dança com um só compasso,
mas o que escrevo tem o dobro do espaço.
Porque quando há alma, não falta medida —
a mão esquerda segura a vida.
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