A ideia de “ter tudo” parece, à primeira vista, ser o objetivo natural da vida humana: alcançar segurança, acumular bens, conquistar prestígio e rodear-se de conforto. Contudo, se olharmos mais de perto, percebemos que esse “tudo” é muitas vezes uma ilusão, porque se baseia em critérios externos e mutáveis, definidos pela sociedade e não pela essência do indivíduo.
Ter tudo pode significar não ter nada quando a abundância material não encontra correspondência na satisfação interior. Quantos não alcançam os seus objetivos e, ainda assim, permanecem inquietos, como se estivessem sempre em falta? O vazio não nasce da ausência de coisas, mas da incapacidade de lhes atribuir sentido.
De igual modo, a ausência de posses ou de reconhecimento não é necessariamente sinónimo de carência. Pode até revelar-se uma forma de plenitude. Quem pouco tem, mas sabe valorizar o essencial — o afeto, o tempo, a liberdade — pode encontrar uma riqueza que escapa a quem vive aprisionado na busca incessante pelo mais.
Assim, “ter tudo” e “não ter nada” não são realidades opostas, mas estados que se podem sobrepor. O verdadeiro critério não reside na quantidade de coisas possuídas, mas na relação que estabelecemos com elas. No limite, possuir não é deter, mas compreender; e a maior pobreza não é a falta de bens, mas a incapacidade de reconhecer o que já se tem.
Nota de autoria:
Os textos aqui partilhados são da autoria de Marciel, com apoio da inteligência artificial ChatGPT para auxiliar na redação, estruturação e revisão de conteúdo. Embora a IA contribua com sugestões e melhorias, todas as ideias, decisões finais e mensagens transmitidas são inteiramente humanas.
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