sexta-feira, 25 de abril de 2025

25 de Abril

25 de Abril

Na madrugada sem ruído,

soprou o vento da esperança,

cravos nas mãos de um soldado

e Abril no olhar de uma criança.

As portas de ferro abriram,

sem tiros, sem voz de morte,

foi o povo quem saiu à rua

e tomou nas mãos a sorte.

Os tanques rolaram na calma,

com sonhos presos à pele,

e nas janelas floriram

os cravos vermelhos de Abril.

Silenciou-se a censura,

rompeu-se o medo antigo,

a liberdade, em voz segura,

fez-se poema e fez-se abrigo.

Não foi guerra, foi vontade,

de dizer basta à prisão,

e erguer a nova verdade

com coragem no coração.

Hoje lembramos em festa

quem lutou sem se render,

pois a memória não se empresta,

e Abril é para se viver. 

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